quinta-feira, 11 de maio de 2017

Francisco Matarazzo, o imigrante italiano pobre que se tornou o primeiro bilionário do Brasil

Francesco Antonio Maria Matarazzo (Castellabate9 de março de 1854 — São Paulo10 de dezembro de 1937) foi um agricultoritaliano que, em 1881, emigrou para o Império do Brasil (1822-1889), tornando-se, neste país, mascate e, posteriormente, empresário. Matarazzo morreu na condição de homem mais rico do país, com uma fortuna de 20 bilhões de Dólares americanos sendo o criador do maior complexo industrial da América Latina do início do século XX

A riqueza produzida por suas indústrias ultrapassava o PIB de qualquer estado brasileiro, exceto São Paulo. Sendo um dos três patriarcas do ramo ítalo-brasileiro da família Matarazzo.

Tornou-se conhecido no Brasil como Francisco Matarazzo, conde Francisco Matarazzo, conde Matarazzo ou ainda conde Francesco. Em italiano, sua titulação completa era Don Francesco Antonio Maria, Il Molto Onorevole Conte Matarazzo.

A importância de Francesco Matarazzo para o cenário econômico do Brasil só é comparável à que teve o visconde de Mauá no Segundo Reinado do Império brasileiro (1822-1889), tendo sido um dos marcos da modernização do país.

Nasceu em Castellabate, uma pequena vila do sul da Itália, filho de Costabile Matarazzo e Mariangela Jovane, agricultores na região da Campânia. Francesco aos 27 anos emigra para o Império do Brasil (1822-1889), em 1881, em busca de melhores condições de vida. No desembarque, na Baía de Guanabara, perde a carga de banha de porco que trazia. Com o pouco dinheiro que lhe sobra se estabelece na cidade de Sorocabaprovíncia de São Paulo, no comércio de secos e molhados. Alguns anos depois estabelece uma empresa de produção e comércio de banha de porco.

Em 1890, muda-se para São Paulo e funda, com os irmãos Giuseppe e Luigi, a empresa Matarazzo & Irmãos. Diversifica seus negócios e começa a importar farinha de trigo dos Estados Unidos. Giuseppe participava da empresa com uma fábrica de banha estabelecida em Porto Alegre e Luigi com um depósito-armazém estabelecido na cidade de São Paulo.

No ano seguinte, a empresa foi dissolvida e constituiu-se em seu lugar a Companhia Matarazzo S.A. que já conta com 41 acionistas minoritários. Essa sociedade anônima passa a controlar também as fábricas de Sorocaba e Porto Alegre.

Em 1900, a guerra entre a Espanha e os países centro-americanos dificulta a compra do produto e ele consegue crédito do London and Brazilian Bank para construir um moinho na cidade de São Paulo. A partir daí, seu império empresarial se expande rapidamente, chegando a reunir 365 fábricas por todo o Brasil. A renda bruta do conglomerado chegou a ser a quarta maior do país, e 6% da população paulistana depende de suas fábricas, que, em 1911, passam a se chamar Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo (IRFM), uma sociedade anônima.

Sua estratégia de crescimento segue o lema "uma coisa puxa a outra". Para embalar o trigo, monta uma tecelagem. Para aproveitar o algodão usado na produção do tecido, instala uma refinaria de óleo, e assim por diante.

Em 1928, participa da fundação do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP).


Matarazzo morre em 10 de dezembro de 1937, após uma crise de uremia, na condição de homem mais rico do país, o italiano mais rico do mundo, com uma fortuna de 20 bilhões de dólares estadunidenses, tendo a quinta maior fortuna do planeta na ocasião da morte, possivelmente sendo proprietário de 365 fábricas.

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