Francesco
Antonio Maria Matarazzo (Castellabate, 9 de março de 1854 — São Paulo, 10 de
dezembro de 1937) foi um agricultoritaliano que,
em 1881, emigrou para o Império do Brasil (1822-1889), tornando-se,
neste país, mascate e,
posteriormente, empresário. Matarazzo morreu na condição de homem mais rico do
país, com uma fortuna de 20 bilhões de Dólares americanos sendo o
criador do maior complexo industrial da América
Latina do início do século XX.
A riqueza produzida por suas indústrias ultrapassava o PIB de qualquer estado brasileiro,
exceto São Paulo. Sendo um dos três patriarcas do ramo ítalo-brasileiro da família
Matarazzo.
Tornou-se
conhecido no Brasil como Francisco
Matarazzo, conde Francisco Matarazzo, conde Matarazzo ou
ainda conde Francesco. Em italiano, sua titulação completa era Don
Francesco Antonio Maria, Il Molto Onorevole Conte Matarazzo.
A importância de
Francesco Matarazzo para o cenário econômico do Brasil só é
comparável à que teve o visconde de Mauá no Segundo
Reinado do Império brasileiro (1822-1889), tendo sido um dos
marcos da modernização do país.
Nasceu em Castellabate,
uma pequena vila do sul da Itália,
filho de Costabile Matarazzo e Mariangela Jovane, agricultores na
região da Campânia. Francesco aos 27 anos emigra para o Império do Brasil (1822-1889), em 1881, em busca de melhores
condições de vida. No desembarque, na Baía de Guanabara, perde a carga de banha de porco que
trazia. Com o pouco dinheiro que lhe sobra se estabelece na cidade de Sorocaba, província de São Paulo, no comércio de
secos e molhados. Alguns anos depois estabelece uma empresa de produção e comércio de
banha de porco.
Em 1890, muda-se para São Paulo e funda, com os irmãos Giuseppe
e Luigi, a empresa Matarazzo & Irmãos. Diversifica seus negócios e
começa a importar farinha de trigo dos Estados
Unidos. Giuseppe participava da empresa com uma fábrica de banha
estabelecida em Porto Alegre e Luigi com um
depósito-armazém estabelecido na cidade de São Paulo.
No ano seguinte,
a empresa foi dissolvida e constituiu-se em seu lugar a Companhia
Matarazzo S.A. que já conta com 41 acionistas minoritários.
Essa sociedade anônima passa a controlar também as fábricas de Sorocaba e Porto
Alegre.
Em 1900, a guerra entre
a Espanha e
os países centro-americanos dificulta a compra do produto e ele consegue crédito do London
and Brazilian Bank para construir um moinho na
cidade de São Paulo. A
partir daí, seu império empresarial se expande rapidamente, chegando a reunir
365 fábricas por
todo o Brasil. A renda bruta do conglomerado chegou a ser a quarta maior do
país, e 6% da população paulistana depende de suas fábricas, que,
em 1911,
passam a se chamar Indústrias Reunidas Fábricas
Matarazzo (IRFM), uma sociedade anônima.
Sua estratégia
de crescimento segue o lema "uma coisa puxa a outra". Para embalar
o trigo,
monta uma tecelagem. Para aproveitar o algodão usado
na produção do tecido, instala uma refinaria de óleo,
e assim por diante.
Em 1928, participa da
fundação do Centro das Indústrias do Estado de
São Paulo (CIESP).
Matarazzo morre
em 10 de dezembro de 1937, após uma crise
de uremia,
na condição de homem mais rico do país, o italiano mais rico do mundo, com uma
fortuna de 20 bilhões de dólares estadunidenses, tendo a quinta maior
fortuna do planeta na ocasião da morte, possivelmente sendo proprietário de
365 fábricas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário