Alfredo da Rocha Vianna Filho, conhecido como Pixinguinha (Rio de Janeiro, 23 de abril de 1897 — Rio de
Janeiro, 17 de fevereiro de 1973), foi um Maestro, flautista, saxofonista, compositor e arranjador brasileiro.
Pixinguinha é considerado um dos maiores compositores
da música popular brasileira, contribuiu
diretamente para que o choro encontrasse uma forma musical definitiva.
Pixinguinha era filho do músico Alfredo da Rocha Vianna,
funcionário dos correios, flautista e que possuía uma grande coleção de
partituras de choros antigos..
Aprendeu música em casa, fazendo parte de uma família com vários irmãos
músicos, entre eles o China (Otávio Vianna). Foi ele quem obteve o primeiro
emprego para o garoto, que começou a atuar em 1912 em cabarés da Lapa e depois
substituiu o flautista titular na orquestra da sala de projeção do Cine Rio
Branco. Nos anos seguintes continuou atuando em salas de cinema, ranchos
carnavalescos, casas noturnas e no teatro de
revista.
Pixinguinha integrou o famoso grupo Caxangá, com Donga e João Pernambuco. A partir deste grupo, foi
formado o conjunto Oito batutas, muito ativo a partir de 1919.
Na década de 1930 foi contratado como arranjador pela gravadora RCA Victor,
criando arranjos celebrizados na voz de cantores como Francisco
Alves ou Mário Reis.
No fim da década foi substituído na função por Radamés Gnattali. Na década de 1940 passou a
integrar o regional de Benedito
Lacerda, passando a tocar o saxofone
tenor. Algumas de suas principais obras foram registradas em
parceria com o líder do conjunto, mas hoje se sabe que Benedito Lacerda não era
o compositor, mas pagava pelas parcerias.
Quando compôs "Carinhoso",
entre 1916 e 1917 e
"Lamentos" em 1928, que são considerados alguns dos choros mais famosos,
Pixinguinha foi criticado e essas composições foram consideradas como tendo uma
inaceitável influência do jazz, enquanto hoje em dia podem ser vistas como avançadas
demais para a época. Além disso, "Carinhoso" na época não foi
considerado choro, e sim uma polca.[carece de fontes] Outras
composições, entre centenas, são "Rosa", "Vou vivendo",
"Lamentos", "1 x 0", "Naquele tempo" e
"Sofres porque Queres".
Pixinguinha passou os últimos anos de sua vida em Ramos, bairro que adorava, e
morreu na igreja de Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, quando seria
padrinho em uma cerimônia de batismo.
Foi enterrado no Cemitério de Inhaúma.
No dia 23 de abril comemora-se
o Dia Nacional do Choro. A data foi criada como homenagem ao que se
acreditava ser a data de nascimento de Pixinguinha. Ela foi criada oficialmente
em 4 de setembro de 2000, quando foi
sancionada lei originada por iniciativa do bandolinista Hamilton de Holanda e seus alunos da Escola
de Choro Raphael Rabello. Em novembro de 2016,
entretanto, foi descoberto que a verdadeira data de nascimento do compositor é
4 de maio de 1897, e não
23 de abril, como se acreditava até então. Apesar disso, a data de comemoração
do estilo musical criado pelo artista permaneceu inalterada.
Em 2014, foi homenageado pela escola de
samba Mocidade Unida da Mooca campeã
do quarto grupo.
Em 2016, ganhou uma estátua no Bar da Portuguesa,
em Ramos.
Foi feita da forma que ele passou os últimos anos de sua vida, feliz e de
pijamas na mesa daquele bar.
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